Do berço ao passeio de carro, atitudes aparentemente sem importância podem colocar seu filho em risco. Aprenda a evitá-las.
1. Encher o berço de objetos macios
Antes mesmo da chegada do bebê, o berço já está cheio de almofadinhas,
bichinhos e enfeites – tudo para deixá-lo encantador e aconchegante.
Porém, de acordo com Alessandra Françóia, coordenadora nacional da ONG
Criança Segura, o ideal é manter o berço livre. “Quanto menos coisa se
coloca, mais seguro e saudável ele se torna”, diz. E não somente pelo
risco de sufocação: o excesso de objetos também facilita ao bebê escalar
o berço e correr mais riscos de sofrer uma queda.
2. Colocar protetores acolchoados nas grades do berço
O uso é contraindicado pela Sociedade Americana de Pediatria. “O bebê
pode se enfiar debaixo do protetor e sufocar”, diz a pediatra Camila
Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Os pais
acabam colocando os protetores por medo de que a criança prenda o braço
ou os pés entre as grades, mas o ideal é que a distância entre as hastes
da grade não permita isso. “O perigo são os riscos silenciosos, como a
sufocação”, diz Alessandra Françóia.
3. Deixar móbiles ao alcance do bebê
Assim como os enfeites de berço, os móbiles também são encantadores.
Mas, de acordo com pediatra Marislaine de Mendonça, do Departamento de
Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de
Pediatria, é um erro comum se esquecer de ajustá-los de acordo com o
crescimento da criança. Quando alcança o enfeite, o bebê corre dois
riscos: o móbile cair em cima dele ou ele se pendurar e cair para fora
do berço.
4. Abusar das cobertas e usar travesseiro
Evitar o excesso também vale para cobertas e travesseiros. Segundo
Alessandra Françóia, a regra é vestir mais roupa no bebê e usar menos
cobertas no berço. Se for utilizá-las, o indicado é uma coberta leve, no
máximo até a altura do peito do bebê, com o cuidado de manter os
bracinhos dele para fora. Prender essa coberta embaixo do colchão também
é uma forma de evitar que a criança cubra o próprio rosto. Se o bebê
passou da fase de dormir quietinho e fica se virando no berço, os pais
devem avaliar se o uso da coberta será mesmo seguro.
Além disso, a especialista comenta que o uso do travesseiro não é
necessário nesta fase inicial da vida do bebê. Desnecessário, ele
representa apenas mais um risco de sufocação.
5. Levar o bebê para dormir na cama dos pais
Pode ser difícil convencer o bebê a ficar no próprio berço. Mas o
pediatra e neonatologista Jorge Huberman, do Instituto Saúde Plena e do
Hospital Albert Einstein, em São Paulo, indica aos pais jamais ceder e
levar o filho para dormir na própria cama. “É um perigo. Os pais irão
dormir também e podem sufocar o filho”, comenta.
6. Colocar o bebê para dormir na posição errada
Se antes a indicação era colocar os bebês para dormir de bruços, por
medo de que ele regurgitasse e se engasgasse no meio da noite, hoje os
estudos apontam para o oposto: o mais seguro é o bebê dormir de barriga
para cima. Alguns pais, no entanto, ainda colocam os pequenos em
posições inadequadas. “Muitos ainda têm medo de colocar a criança de
barriga para cima, já que ficou marcado na memória que esta posição é
perigosa”, afirma Camila Reibscheid.
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Com criança pequena, todo cuidado é pouco. E com objetos pequenos, também. Marislaine de Mendonça ressalta que os pais devem estar sempre atentos para não deixar ao alcance do bebê nada que possa ser ingerido. Entre broches e grampos de cabelo, saiba como evitar que as crianças engulam objetos.
Com comercialização proibida no Canadá, o objeto bem conhecido dos pais – e ainda muito utilizado – é hoje contraindicado pelos pediatras brasileiros. De acordo com Marislaine, da Sociedade Brasileira de Pediatria, o andador é causador de muitos acidentes. “Ele pode alcançar uma velocidade considerável e favorece as quedas”, diz. Camila Reibscheid lista outros problemas: com o andador, a criança pode cair de um degrau no meio do caminho, prender o dedo na parede e, principalmente, cair feio e até sofrer um traumatismo craniano. O objeto também pode prejudicar o desenvolvimento da criança e deixá-la mais insegura para dar os primeiros passos sozinha. “Por isso, se ganhou de presente, troque-o”, recomenda.
8. Dar brinquedos não indicados para bebês
Especialmente nas famílias com um irmão mais velho, é comum os pais darem ao menor os brinquedos que deixaram de ser usados pelo primogênito. Mas a indicação da faixa etária sempre deve ser seguida. Crianças menores têm a tendência a conhecer o mundo pelos sentidos e podem colocar os brinquedos na boca. Se ele tiver uma peça pequena que se solta facilmente, pronto: os pais podem ter que sair correndo para o hospital ou, pior, podem nem perceber que o filho engoliu um objeto não identificado. Brinquedos para crianças mais velhas também podem soltar tinta tóxica. Marislaine de Mendonça indica aos pais se assegurar da classificação etária do brinquedo e do selo de qualidade e segurança do Inmetro.
9. Deixar moedas e objetos pequenos ao redor
Com criança pequena, todo cuidado é pouco. E com objetos pequenos, também. Marislaine de Mendonça ressalta que os pais devem estar sempre atentos para não deixar ao alcance do bebê nada que possa ser ingerido. Entre broches e grampos de cabelo.
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